Nas últimas décadas, a média da participação do Brasil nas importações e exportações mundiais ficou em torno de 1,2%.
O que justifica os fracos resultados apresentados, são as políticas externas adotadas pelos governos, mesclando a infraestrutura precária, a carga tributária, o grau de abertura comercial do país, e até a falta de profissionais devidamente qualificados para atuar neste segmento.
Instituições adotaram diversas medidas em prol da melhoria da participação do Brasil no comércio internacional. A Apex-Brasil promoveu no exterior, produtos e serviços brasileiros de setores estratégicos, além de buscar investimentos estrangeiros para o país. O Sebrae também fez um excelente trabalho no sentido de orientar e educar empresas que desejam atuar no exterior.
A partir de 2018, com um novo governo no poder, o país considerou mudanças em sua política externa. O governo e a iniciativa privada também adotaram medidas que colaboraram para facilitar e desenvolver o comércio exterior. Entre elas, a criação de alguns benefícios fiscais para as importações e exportações, a liberação de recursos para financiamentos via BNDES, e a aprovação do Código Aduaneiro do Mercosul pelo Congresso Nacional, que unificou o tratamento do trânsito de mercadorias entre os países-membros e a transparência nos procedimentos aduaneiros.
A abertura da economia brasileira, novos acordos comerciais e as assinaturas de acordos para evitar bitributação, favoreceram o aumento do volume do comércio exterior brasileiro. As ações da iniciativa privada, dos trabalhos desenvolvidos pelas câmaras de comércio incentivando os negócios entre seus países e o Brasil, e o incentivo para que empresas se tornarem mais competitivas, deram a esperança de que os resultados finalmente começassem a aparecer.
Segundo dados da OMC, em 2021, o Brasil tornou-se o 25º maior exportador mundial de mercadorias, com vendas de US $281 bilhões e que representaram alta de 34% comparado ao ano anterior. No mesmo ano, o país tornou-se o 27º maior importador, com compras de US $235 bilhões, uma alta de 38% depois de ter perdido uma posição e ficado em 29º em 2020.
Resta-nos esperar o relatório de 2022 da OMC para ver se o Brasil conseguiu aumentar sua participação no comércio internacional. Acredito que acontecerá de modo lento, com modelos de negócios modificados para melhor, e certamente com países adotando medidas mais protecionistas do que já vínhamos observando.
Vamos acreditar!
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