Cultivo de alga Kappaphycus alvarezii é nova aposta para produtores de mexilhões e ostras
Os maricultores de Santa Catarina estão apostando em uma nova alternativa de cultivo para gerar renda: as macroalgas, em especial a espécie Kappaphycus alvarezii. Essa alga se adaptou muito bem às condições subtropicais das águas catarinenses e está sendo cultivada utilizando o sistema chamado de “tie-tie”, que consiste em amarrar as mudinhas de algas numa longa corda, sempre em duplas. Esse sistema é sustentável e eficiente, pois não demanda muitos insumos e pode ser facilmente adaptado às condições climáticas locais.
Os produtores de mexilhões e ostras encontraram nas macroalgas uma nova fonte de renda, já que esses moluscos podem ser criados em conjunto com as algas. Além disso, a alga Kappaphycus alvarezii tem um grande potencial de mercado, sendo utilizada na indústria de alimentos, cosméticos e farmacêutica.
Santa Catarina tem se destacado na produção de macroalgas, superando estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que já tinham autorização para o cultivo comercial da espécie. Os maricultores catarinenses têm encontrado na alga uma alternativa rentável e sustentável para diversificar a produção e aumentar a renda.
No entanto, é fundamental ressaltar que o cultivo de macroalgas exige cuidados especiais e conhecimentos específicos. Por isso, é importante que os produtores se capacitem e recebam assistência técnica para garantir a qualidade da produção e a segurança alimentar dos produtos.
Com o crescimento da demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis, a produção de macroalgas se apresenta como uma excelente oportunidade para os maricultores catarinenses. A aposta nessa nova alternativa de renda pode contribuir para o desenvolvimento da região e para a preservação do meio ambiente.