A palestra “China abriu meus olhos”, apresentada por Felipe Rangel no 5º Encontro de Negócios do Empreenda SC, em Blumenau, colocou em pauta dois temas centrais para o ambiente empresarial catarinense: velocidade de execução e comunicação visual como parte da estratégia de negócios.
O encontro ocorreu em 27 de novembro, no Paysage Privilége Condomínio Parque, e marcou o encerramento do calendário 2025 do Empreenda SC, que somou dez eventos ao longo do ano, entre palestras e hotseats. Além da fala de Felipe Rangel, a programação incluiu anúncios relacionados à estrutura do clube para 2026 e espaço para networking entre empresários.
A partir de uma viagem à China, Felipe Rangel – sócio do Empreenda SC e fundador da Arte Pró – estruturou a palestra em torno de comparações entre a dinâmica empresarial chinesa e a realidade de negócios no Brasil, com foco em implicações práticas para empresas de Santa Catarina.
Execução contínua e organização de processos
Um dos eixos da palestra foi a forma como empresas chinesas organizam a execução de projetos. Segundo Felipe Rangel, a dinâmica observada é marcada por decisões rápidas e ciclos curtos entre planejamento e entrega.
Ele descreveu um modelo de operação baseado em:
- definição clara de metas;
- divisão de responsabilidades;
- rotina de acompanhamento de resultados;
- e funcionamento em lógica de “execução contínua”.
Na avaliação apresentada por Felipe Rangel, esse modelo reduz a distância entre decisão e implementação e pode servir de referência para empresas brasileiras que buscam ganhos de eficiência.
Três movimentos propostos para empresas de SC
Ao longo da apresentação, Felipe Rangel agrupou os aprendizados da viagem em três movimentos que, na visão dele, tendem a ganhar relevância para empresas catarinenses em 2026:
- Acelerar a velocidade de execução
Ajustar rotinas internas para diminuir o tempo gasto em discussões e aumentar o foco em implementação de projetos. - Profissionalizar processos e buscar eficiência
Tratar a empresa como um sistema, com processos documentados, indicadores e rotinas, substituindo decisões pontuais por método. - Ampliar a visão de mundo
Incentivar deslocamentos, visitas a outros mercados, contato com novos fornecedores e tecnologias, como forma de atualizar referências e identificar oportunidades.
Esses pontos foram apresentados com exemplos ligados a setores como varejo, indústria e serviços.
Comunicação visual como componente da estratégia
Outro bloco da palestra tratou da comunicação visual na China. Felipe Rangel relatou que, nas cidades visitadas, marcas e pontos de venda apresentavam uso intensivo de elementos como:
- fachadas trabalhadas;
- prédios e lojas com revestimentos em LED;
- projetos de iluminação voltados à atração de clientes;
- PDVs desenhados para orientar circulação e decisão de compra;
- identidade visual consistente em diferentes canais.
De acordo com Felipe Rangel, esse padrão indica que empresas locais integram comunicação visual à lógica comercial, tratando presença física e visual como parte do planejamento de vendas. No Brasil, ele observa que muitos negócios ainda consideram esse tipo de investimento como item secundário.
Implicações para o ecossistema catarinense
Ao final, a palestra “China abriu meus olhos” conectou a observação do ambiente empresarial chinês com decisões de gestão em Santa Catarina, especialmente em três frentes:
organização de processos internos, velocidade de execução e forma de tratar comunicação visual em empresas que atuam em mercados competitivos.
Para o ecossistema de negócios catarinense, o conteúdo apresentado por Felipe Rangel adiciona um recorte específico: como referências externas, neste caso, a China, podem influenciar a forma como empresas locais estruturam operação, posicionamento e expansão a partir de 2026.
